O livro Igrejas Ucranianas: Arquitetura da Imigração no Paraná é o resultado da pesquisa realizada pelo Instituto ArquiBrasil. Sob coordenação de Key Imaguire Júnior, os arquitetos Fábio Domingos Batista, Marialba Rocha Gaspar Imaguire e Sandra Rafaela Magalhães Corrêa desenvolveram o projeto de pesquisa a partir de dados colhidos em mais de 200 igrejas ucranianas por toda a Região Sul do Paraná. Em uma segunda etapa foram selecionados 25 edifícios para um estudo mais aprofundado, sendo possível elaborar uma visão geral do que foi e é produzido pela etnia ucraniana e seus descendentes, sob o aspecto arquitetônico.
Tal estudo fez também uma escala bibliográfica na Ucrânia, para estudar o que era lá produzido quando da vinda dos imigrantes para o Brasil. Nestas regiões a arquitetura religiosa tradicional, em sua maioria, é construída com troncos de madeira desbastados e aplainados, ou ainda divididos ao meio, assentados na posição horizontal, um sobre o outro. Nas quinas, encaixes sem pregos. Suas obras são simples, mas harmônicas e belas, mostrando como se faz a boa arquitetura.
Tal estudo fez também uma escala bibliográfica na Ucrânia, para estudar o que era lá produzido quando da vinda dos imigrantes para o Brasil. Nestas regiões a arquitetura religiosa tradicional, em sua maioria, é construída com troncos de madeira desbastados e aplainados, ou ainda divididos ao meio, assentados na posição horizontal, um sobre o outro. Nas quinas, encaixes sem pregos. Suas obras são simples, mas harmônicas e belas, mostrando como se faz a boa arquitetura.
O livro foi organizado de forma a contextualizar o meio histórico e social onde foi produzida essa arquitetura. O primeiro capítulo trata das questões relativas à vinda dos imigrantes ucranianos para o Brasil e o Paraná, discorrendo sobre as motivações para a (e)imigração e como se iniciou a vida em terras brasileiras. O segundo capítulo aprofunda o olhar sobre as religiões que esta etnia trouxe ao Brasil, representada por duas igrejas: a católica ucraniana e a ortodoxa, versando sobre a liturgia e como esta se concretiza na arquitetura. Por fim o terceiro capítulo trata do estudo tipológico arquitetônico de nosso objeto, finalizando com o detalhamento das 25 igrejas selecionadas.
“Na vasta diversidade e riqueza das arquiteturas produzidas nestes 509 anos de Brasil, muitos universos continuam desconhecidos ou pouco estudados, principalmente aqueles constituídos por construções que permaneceram isoladas em áreas rurais e que, no entanto, refletem o grande esforço de execução e manutenção pelas comunidades que as produziram.
Nesse sentido, o Estado do Paraná ainda guarda surpresas. Região ocupada por imigrantes, que no princípio, a par de seu sustento, produziram espaços para suas atividades, misturando características tecnológicas e culturais de seus locais de origem às preexistentes nos locais de fixação.
Os ucranianos, segunda etnia mais numerosa no Paraná, investiram em suas igrejas os recursos possíveis a sua condição, que só agora, cerca de um século mais tarde, começam a merecer estudo compatível com seu valor e importância.
Nesse sentido, o Estado do Paraná ainda guarda surpresas. Região ocupada por imigrantes, que no princípio, a par de seu sustento, produziram espaços para suas atividades, misturando características tecnológicas e culturais de seus locais de origem às preexistentes nos locais de fixação.
Os ucranianos, segunda etnia mais numerosa no Paraná, investiram em suas igrejas os recursos possíveis a sua condição, que só agora, cerca de um século mais tarde, começam a merecer estudo compatível com seu valor e importância.
Com incentivo fiscal do Governo Federal, o projeto – da pesquisa aos produtos finais – foi patrocinado integralmente pela Petrobras. A esta empresa que orgulha o povo brasileiro pelo que faz em sua área de atuação e por investir na preservação e difusão da cultura brasileira, nosso especial agradecimento.”
Roberto Martins – presidente do Instituto Arquibrasil.
(texto fonte: http://www.vanhoni.com.br)
Foto Fábio Domingos Batista, 2010 |
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